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Engasgo: as principais causas e o que fazer 1024 184 Andre

Engasgo: as principais causas e o que fazer

Bebês e crianças podem engasgar com objetos levados à boca ou mesmo com a alimentação normal. O engasgo ocorre quando a criança engole algo grande o suficiente para bloquear suas vias aéreas, ficando difícil ou impossível respirar. O diâmetro das vias aéreas de uma criança é aproximadamente do mesmo tamanho que o dedo dela, por isso, é fácil objetos se tornarem extremamente perigosos.


Quais as principais causas de engasgo em crianças?

Segundo os especialistas, os principais causadores de episódios de engasgo são:

Feijão, arroz e pedaços de fruta, como maçã (mas isso não quer dizer que você não deva dar esses alimentos ao bebê — apenas mantenha-se atenta enquanto ele come);
Peças pequenas que se desprendem de brinquedos;
Bolinhas de gude;
Pilhas, baterias e ímãs (especialmente perigosos por poder causar intoxicação e perfuração intestinal);
Tampas de caneta;
Moedas e botões;
Parafusos;
Balas.


Como identificar?

É importante saber identificar um episódio de engasgo para tomar as providências adequadas. A obstrução total das vias aéreas pode acontecer, por exemplo, quando a criança está se alimentando e, de repente, mostra-se incapaz de respirar. No caso de um bebê, algo errado está acontecendo se ele acabou de ser amamentado e não consegue respirar.

Nesses casos, é possível que você note: Pele azulada ou arroxeada; Esforço respiratório exagerado; Movimento de entrada de ar indetectável ou ausente; Eventual perda de consciência. A criança também pode fazer ruídos estranhos ou abrir a boca sem emitir nenhum som.

Se a criança estiver tossindo ou com ânsia de vômito, é boa notícia! Isso significa que as vias aéreas não estão totalmente bloqueadas, portanto, é necessário deixa-la tossir, método mais eficaz de desimpedir as vias aéreas.

Quando a criança não consegue chorar, tossir ou falar, a situação é mais grave e indica que as vias aéreas estão totalmente fechadas e é preciso ajudá-la a voltar a respirar.

O que fazer?

O ideal é que, antes que esse tipo de acidente aconteça, você já saiba o que fazer para agir com mais segurança e confiança. O pediatra, durante uma consulta de rotina, pode demonstrar as manobras necessárias.
A primeira conduta é pedir para alguém acionar o serviço médico especializado — Samu (192) ou Corpo de Bombeiros (193) – ou providenciar transporte até o pronto-socorro mais próximo. Se não houver mais ninguém por perto, tente desengasgar por dois minutos e então peça ajuda.


Faça as seguintes manobras para desengasgar um bebê:

Segurando o bebê inclinado para a frente, dê até 5 palmadas nas costas dele, usando sua mão aberta. A posição da cabeça levemente inclinada para a frente facilita o processo de desengasgo e evita que a criança broncoaspire caso vomite durante as manobras.

Vire o bebê de barriga para cima, segurando firmemente entre suas mãos e braços, e faça duas compressões torácicas.

A compressão é similar à da técnica de reanimação cardiopulmonar: comprima o centro do peito com 2 dedos — indicador e médio –, logo abaixo da linha entre os mamilos. Verifique se o bebê vomitou ou expeliu o objeto que causou o engasgo. Em caso negativo, repita a operação. Assim que o bebê desengasgar, a primeira reação será chorar.

Como desengasgar crianças de mais de 1 ano:

No caso de engasgo de crianças com mais de 1 ano de idade, você pode realizar a manobra de Heimlich.

Posicione-se atrás da criança, abraçando-a em torno do abdômen. (Pode ser que você precise ficar de joelhos atrás da criança para fazer a manobra);

Segure o punho de sua outra mão e faça compressões contra o abdômen, entre o fim do osso esterno e o umbigo na direção para cima, por quatro vezes. As compressões devem ser vigorosas mas não violentas, para não machucar a criança;

Mesmo que a criança se desengasgue e pareça bem, se ela tiver perdido a consciência, mesmo que rapidamente, leve-a ao hospital no mesmo dia;

Caso a criança piore e deixe de respirar, grite imediatamente para alguém chamar o serviço médico especializado, ligando para 192 (Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiros), ou providenciar um transporte até o hospital. Enquanto isso, comece a fazer compressões torácicas nas manobras de ressuscitação.


Importante!

Não tente retirar o eventual objeto com suas mãos, ao menos que você consiga vê-lo ao abrir a boca da criança. O risco é acabar empurrando ainda mais o objeto e piorar a situação.

Em alguns casos de objeto engolido, ele não obstrui totalmente as vias aéreas, mas ainda assim é preciso levar a criança ao hospital para que ela seja monitorada e para que, eventualmente, o objeto seja retirado com um endoscópio, sob anestesia.

E mais: se a criança parecer engasgada sem estar comendo e nem ter colocado nada de diferente na boca, ela pode ter bronco aspirado algum objeto ou líquido ou pode estar com uma reação alérgica a algum alimento ou picada de inseto, por exemplo. Leve-a ao hospital imediatamente.


Atenção!

Engasgo é assunto sério, previna! O ideal é garantir que objetos pequenos sejam mantidos fora do alcance da criança. Além disso, práticas alimentares seguras, como acompanhar a criança enquanto ela come, por exemplo, não só proporcionam uma oportunidade de ligação, mas também garantem que ela mastigue os alimentos adequadamente.

*Com informações do portal BabyCenter.

Campanha promove conscientização sobre Doenças Raras 1024 403 Andre

Campanha promove conscientização sobre Doenças Raras

Fevereiro é o Mês Mundial das Doenças Raras. Nesse contexto, o Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística e o Instituto Vidas Raras convidam toda a população brasileira para olhar e iluminar com solidariedade, atenção e empatia as mais de 300 milhões de pessoas que vivem com uma patologia rara no mundo. 

Dia Mundial das Doenças Raras

Este ano, 28 de fevereiro marcará a passagem do Dia Mundial das Doenças Raras, data criada em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis) com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre a existência e a importância da divulgação de informações sobre as mais de 7 mil patologias raras existentes.

Com o tema Ilumine com Solidariedade, a campanha disponibiliza diversos materiais de comunicação para que pacientes, familiares, membros de associações de assistência e toda a comunidade possam utilizar e chamar a atenção para a causa. 

Apesar de ser direito de todo cidadão ter uma oportunidade justa de acesso aos cuidados relacionados à saúde e bem-estar, essa nem sempre é a realidade das pessoas, especialmente aquelas com alguma doença rara, que muitas vezes enfrentam diagnósticos errados, falta de medicamentos, tratamentos inadequados e isolamento.

Fundadora e diretora executiva do Unidos pela Vida, Verônica Stasiak, que é diagnosticada com  uma doença rara, a fibrose cística, explica que dar visibilidade para a causa pode transformar vidas. “Muitas pessoas vivem hoje com uma condição rara e não sabem por conta da falta de informação adequada. Conhecer o movimento e descobrir onde buscar ajuda para o diagnóstico e tratamento pode fazer a diferença para quem quer e merece ter mais saúde e qualidade de vida”, comenta Stasiak.

O que são doenças raras?

De acordo com o Ministério da Saúde, uma patologia é considerada rara quando afeta até 65 pessoas em um grupo de 100 mil indivíduos. Não se sabe ao certo quantas doenças raras existem mundialmente, porém acredita-se que este número gire em torno de 6 a 8 mil tipos.

Elas podem apresentar uma grande diversidade de sintomas, que variam de doença para doença e de pessoa para pessoa até com o mesmo diagnóstico. Ou seja, quando o assunto é doença rara, cada caso é um caso. A maioria ainda não tem cura, são crônicas, progressivas e estima-se que 72% delas são causadas por fatores genéticos.

A estimativa é de que existam mais de 300 milhões de pessoas vivendo com uma doença rara no mundo, número que representa de 3,5 a 5,9% da população mundial. No Brasil, são mais de 13 milhões, de acordo com o Ministério da Saúde.

O que posso fazer para participar da campanha?

Acesse o site da campanha, confira os materiais de divulgação e encontre todas as formas de se engajar: http://diamundialdoencasraras.unidospelavida.org.br

Sobre o Unidos pela Vida

Fundado em 2011 e com sede em Curitiba/PR, o Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística (unidospelavida.org.br) tem como missão defender que pessoas com fibrose cística no Brasil tenham conhecimento sobre sua saúde e direitos, equidade no acesso ao diagnóstico precoce e aos  tratamentos, contribuindo para melhora na qualidade de vida.

A fibrose cística é uma doença genética rara e ainda sem cura, que causa sintomas como tosse crônica, pneumonia de repetição, diarreia e suor mais salgado que o normal. Sua triagem começa logo nos primeiros dias de vida do bebê por meio da realização do Teste do Pezinho, exame gratuito, obrigatório e que também identifica outras cinco doenças raras: hiperplasia adrenal congênita, deficiência da biotinidase, anemia falciforme, hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria.

Após a indicação no Teste do Pezinho, para confirmar ou descartar o diagnóstico da fibrose cística, o Teste do Suor – exame considerado padrão ouro para o diagnóstico da doença – deve ser realizado. No site do Unidos pela Vida é possível encontrar uma lista com locais que fazem o exame em todo o Brasil.

Sobre o Instituto Vidas Raras

O Instituto Vidas Raras é uma organização não governamental sem fins lucrativos, de âmbito nacional, que visa promover os direitos constitucionais das pessoas diagnosticadas com doenças raras e que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

O Vidas Raras busca orientar e conscientizar a sociedade e a classe médica sobre a existência das doenças raras, estando sempre presente em centros de tratamento e divulgando conteúdos sobre o tema nas mídias sociais, televisivas, escritas e faladas. Ao longo dos anos, tornou-se internacionalmente reconhecido pelo trabalho sério e efetivo em prol das pessoas diagnosticadas com patologias raras no Brasil e suas famílias.

 

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Unidos pela Vida.

 

Primeiros 1.000 dias de vida: uma fase de ouro. Entenda 1024 403 Andre

Primeiros 1.000 dias de vida: uma fase de ouro. Entenda

Você já ouviu falar no conceito dos primeiros 1.000 dias de vida? É o período que vai do primeiro dia de gestação até os 2 anos de idade, considerado uma “fase de ouro” pelos especialistas. Apesar da chamada “amnésia infantil” borrar os primeiros capítulos da nossa história, pois dificilmente alguém se lembra de algo anterior aos seus 2 anos de idade, pesquisadores afirmam que os fatos dessa fase podem ditar muito do que virá, desde o risco de desenvolver doenças ao desenvolvimento intelectual.

Uma fase de ouro

No conceito dos “mil dias” considera-se que é no comecinho da vida que se pode influenciar o que será do resto dela. Afinal, é nesse período que cada célula do corpo está sendo formada e programada. O crescimento e o desenvolvimento nesse período são maiores do que durante toda a vida. Por isso, ele é considerado uma fase tão especial, que pode mudar radicalmente o destino da criança, não apenas em termos biológicos, mas também em questões intelectuais e sociais.

Nesse contexto, é muito importante os pais entenderem todos os processos essenciais para garantir qualidade de vida às crianças. Por exemplo, um dos exames que todo bebê precisa fazer é o Teste do Pezinho, para diagnosticar de forma precoce algumas doenças raras logo nos primeiros dias de vida, permitindo o tratamento imediato. 

 

Teste do Pezinho

Feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido, parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o teste do pezinho detecta precocemente doenças metabólicas sérias, raras e assintomáticas que, se não tratadas a tempo, podem afetar o desenvolvimento do bebê, levar a sequelas irreversíveis ou até mesmo ao óbito. Esse rastreio permite a identificação antes mesmo do aparecimento dos sintomas, que, muitas vezes, podem ser evitados por meio do tratamento apropriado. Daí a dimensão de sua importância.

E daí a necessidade de levar a informação para o maior número de famílias. Essa é uma das bandeiras do Mãe Que Ama. O exame deve ser realizado já entre o terceiro e o quinto ou até o sétimo dia de vida do bebê. São retiradas gotas de sangue do calcanhar e colocadas em um papel filtro especial. Não há contraindicações ou efeitos colaterais, além de durar só alguns minutinhos e ser praticamente indolor. Após 48 horas de vida, o funcionamento do organismo do recém-nascido se estabelece e é possível detectar as doenças, como a fenilcetonúria, que é diagnosticada após a digestão do leite materno ou da fórmula infantil.

Existem versões ampliadas do exame capazes de detectar uma lista muito maior de doenças, além das seis do teste básico,  no entanto, ainda não estão disponíveis na rede pública de saúde para todos. Saiba mais sobre o Teste do Pezinho Ampliado aqui

Fatores internos e externos

Até mesmo as primeiras decisões das mulheres na gestação têm a possibilidade de influenciar a saúde, as atividades físicas e as habilidades de aprendizado da criança. Na gravidez, quando a futura mamãe escolhe se alimentar de uma forma saudável, por exemplo, já está fazendo uma programação genética para a saúde do seu filho na vida adulta. Os estudos sugerem que a nutrição no período da gestação e nos primeiros 2 anos de vida pode determinar efeitos, a curto e a longo prazo, na saúde e no bem-estar até a vida adulta. Além disso, a genética não é soberana na determinação do potencial de crescimento e desenvolvimento do indivíduo: cerca de 20% dos genes são influenciados por fatores hereditários, enquanto a maior parte deles, até 80%, é influenciada por fatores ambientais como: medicamentos, estresse, infecções, exercícios e a nutrição.

Alimentação adequada

Sabe-se que aquilo que a mulher come durante os nove meses ajuda a determinar o paladar e o olfato do bebê – ele sente o sabor pelo líquido amniótico –, e que filhos de mães que tiveram diabetes gestacional também têm mais chances de desenvolver a doença, por exemplo. Então, uma alimentação adequada durante a gestação, associada ao aleitamento materno, à correta introdução da alimentação complementar e à manutenção de bons hábitos alimentares, são requisitos básicos para o crescimento e desenvolvimento saudável infantil.

Os pesquisadores e cientistas estão cada vez mais seguros de que uma boa nutrição e o cuidado com a saúde nos primeiros 1000 dias têm um papel protetor, que ajuda a garantir um futuro no qual as habilidades cognitivas, motoras e sociais estimularão a saúde e o potencial máximo do adulto.

Cuidados e estímulos

Além da nutrição, no conceito dos “mil dias”, os pais têm papel decisivo na forma como a criança vai se desenvolver, pois eles são o primeiro ambiente do filho. Fora do útero, os primeiros 2 anos são considerados os mais significativos para o desenvolvimento do cérebro: metade do crescimentos cerebral da vida inteira ocorre nesse período, quando a criança passa pelas maiores modificações cognitivas, adquire habilidades motoras mais amplas e tudo isso é mediado pelo ambiente, ou seja, pelos cuidados (atenção, vínculo afetivo seguro, interação) e estímulos dos pais.

Quanto aos estímulos, eles promovem as ligações entre os neurônios, aumentando a capacidade de aprendizado e levando o cérebro a fazer novas conexões. Mas não significa que a criança vai ser alfabetizada aos 4 anos. Na verdade, o melhor é apostar na simplicidade: brincadeiras mais tradicionais que estimulem a imaginação e criatividade, como brincar de tinta, jogar bola, além de ajudá-la a dar os primeiros passos são maneiras de fazer com que isso aconteça.

Enfim, a ciência demonstra que o desenvolvimento na primeira infância é fortalecido pela existência de bons relacionamentos entre o adulto e a criança, elementos fundamentais nesse processo. O desenvolvimento integral é a base para toda a vida.

 

*Com informações do site: primeiros1000dias.com.br

Atenção ao tempo de uso das telas! Veja as recomendações da SBP 1024 403 Andre

Atenção ao tempo de uso das telas! Veja as recomendações da SBP

Você sabia que existem recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para o uso correto das telas por parte das crianças e adolescentes? Em um mundo super conectado, o contato com os smartphones, tablets e computadores parece inevitável, mas estar atento é essencial. Ainda mais no período de férias escolares, em que os pequenos e os jovens estão em casa, torna-se um desafio controlar o acesso por completo. No entanto, é possível pensar em alternativas criativas.

Segundo a SBP, interagir com as novas mídias torna-se muito atrativo por motivos diversos, como preencher o tempo de ócio, tédio, suprir a necessidade de entretenimento e acaba, inclusive, por atingir camadas mais profundas, atuando como consequência do abandono afetivo. Para evitar este tipo de problema, entenda qual o tempo ideal de acesso para cada idade:

O ideal neste período é substituir, ao máximo, as telas por exercícios ao ar livre e em contato com a natureza, o que pode ser um passeio em um parque, a prática de algum esporte em família, utilizar jogos e criar interações para que a crianças e os jovens possam explorar os variados ambientes da casa, tudo com uma supervisão responsável. 

Além disso, a SBP indica, para todas as idades, que as telas jamais sejam utilizadas durante as refeições e que a pessoa passe a se desconectar, pelo menos, de uma a duas horas antes de dormir. E, mesmo durante a utilização no tempo correto por crianças e adolescentes, a supervisão de um adulto é indispensável.

Teste do Pezinho na prematuridade: entenda cuidados essenciais e a história do tenente Bahia 1024 403 Andre

Teste do Pezinho na prematuridade: entenda cuidados essenciais e a história do tenente Bahia

No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que nascem 300 mil prematuros por ano, colocando o país na 10º posição do ranking mundial de prematuridade. 

Ela inspira muitos cuidados especiais e é normal que surjam dúvidas na família sobre alguns procedimentos que o bebê deve passar logo após o nascimento. Uma delas, bastante comum, está relacionada ao Teste do Pezinho, exame obrigatório que rastreia doenças raras congênitas para o diagnóstico precoce e início imediato do tratamento. Os prematuros também devem fazer o Teste do Pezinho logo nos primeiros dias após o nascimento, a diferença é que eles precisam repetir o exame entre duas e três vezes (até mais em alguns casos), dependendo da idade gestacional e do peso, conforme o Manual Técnico de Triagem Biológica do Ministério da Saúde

O especialista e professor da USP, Dr. José Simon Camelo Júnior, explica que a primeira coleta acontece no período recomendado para todos os bebês, entre o 3º e o 5º dia de vida, ou no primeiro dia se o bebê tiver que passar por transfusão de sangue. As outras coletas são feitas entre 7 e 10 dias, na alta do bebê ou com 28 dias de vida e ainda entre 90 e 120 dias da data de nascimento. 

A prematuridade e a transfusão de sangue também podem interferir na identificação da doença falciforme e de outras doenças triadas, por isso a importância de refazer o exame. 

A enfermeira neonatal e vice-presidente da ONG Prematuridade.com, Aline Hennemann, também explica que, além do teste do pezinho, o bebê prematuro precisa passar por uma série de exames como o teste da linguinha, da orelhinha e o oftalmológico, que geralmente é um exame feito somente nos prematuros para checar questões ligadas à retinopatia da prematuridade.

“O bebê prematuro precisa de cuidados essenciais e de equipamentos capazes de reproduzirem o útero materno, as incubadoras procuram proporcionar o maior conforto para o recém-nascido. Além disso, o ambiente precisa ter o mínimo de ruído e a presença dos pais para garantir ainda mais o conforto“, diz.

Aline ressalta que um recém-nascido é considerado prematuro quando nasce abaixo de 37 semanas de gestação, portanto, quanto menor a idade gestacional, maior a complexidade dos cuidados, tempo de internação e condições de sequelas. Ela também destaca que o pré-natal é o maior aliado para evitar um nascimento prematuro.

Diante da pandemia de Covid-19,  a enfermeira diz que a presença dos pais, que é muito importante, acabou se tornando mais um desafio para essas famílias. “Nós costumamos dizer que os pais não são visitas, mas sim parte do cuidado do bebê prematuro, a pandemia chegou e dificultou justamente a presença deles nas UTIs e, também, o aleitamento materno”, afirma. Segundo relatos recebidos pela ONG Prematuridade.com, infelizmente, algumas UTIs, por exemplo, ainda têm restringido o contato dos pais com seus bebês a pouco tempo, mas a recomendação oficial, por nota técnica tanto da OMS como do Ministério da Saúde, é que os pais devem permanecer com os bebês, não deve haver separação, exceto em casos específicos em que a segurança de todos esteja em jogo. 

 

Desafios da prematuridade

 

No dia 14 de setembro de 2019, Flávio Gonçalves, mais conhecido como tenente Bahia, perdeu a esposa Jéssica Victor Guedes, minutos antes do casamento, por conta de um AVC causado por uma eclâmpsia. Ela estava grávida de 29 semanas e deu à luz a Sophia, que nasceu com cerca de 1kg.

Além de ter que lidar com toda a dor, o tenente conta que a filha nasceu com trombose no coração, no pescoço, anemia e outros problemas, mas ele nunca deixou de acreditar. 

“Para mim foi muito difícil, mas eu queria apresentar um mundo de alegria para a Sophia. Passamos 70 dias na UTI e eu aprendi muito, foi ali que tive os primeiros cuidados com ela, aprendi a dar banho, a alimentá-la e a fazê-la mamar. Após isso, nós fomos para a casa e aí começou a minha maternidade, eu sou pai, mas com cuidados maternos“, explica.

Flávio destaca que os exames e o acompanhamento que Sophia teve enquanto ficou internada foram essenciais para a saúde dela. Além disso, ele conta que uma enfermeira o informou sobre o teste do pezinho ampliado, o qual ele não tinha conhecimento na época e agora alerta para que os pais de bebês prematuros ou não também busquem os próprios direitos e entrem na luta para que o teste seja ampliado de fato na rede pública. Tenente Bahia apoia a campanha Pezinho no Futuro, ajudou a divulgar pedindo assinaturas para a petição e segue dando apoio para a conscientização de famílias sobre a importância do exame e para o acompanhamento do processo de ampliação do teste do pezinho conforme a nova lei federal que está em vigor.  Você pode apoiar e acompanhar as notícias aqui no nosso site ou em: www.pezinhonofuturo.com.br

O papai Tenente Bahia também escreveu um livro com o nome “Sophia & Eu“ para contar mais detalhes sobre o nascimento da filha. Ele conta que parte do lucro das vendas do livro é destinada à ONG prematuridade.com, da qual é voluntário. O livro está disponível em: https://www.editorareflexao.com.br/sophia-eu.html .

Criança também faz Check-up! Entenda 1024 403 Andre

Criança também faz Check-up! Entenda

Aqui, trazemos um importante alerta às famílias: as crianças também precisam manter uma rotina de visita ao médico desde o nascimento. E essa rotina de atenção e cuidados não pode parar, nem mesmo durante a pandemia. O processo começa ainda na gestação, quando os pais já podem escolher o pediatra que vai acompanhar o desenvolvimento da criança (entenda sobre a consulta pediátrica pré-natal aqui), e na maternidade, quando fazem o teste do pezinho obrigatório para todos os recém-nascidos. 

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que crianças com até seis meses de vida tenham consultas mensais; depois disso e até os dois anos, trimestrais; dos três aos seis anos, semestrais; e a partir dos sete aos 18 anos, a recomendação de consultas passa a ser anual (confira na tabela abaixo).

 

Segundo a pediatra Kallydya Fonseca, da Clínica Doutora Kaka, o costume de ir ao médico regularmente garante uma boa qualidade de vida à criança. A introdução alimentar se inicia aos 6 meses, os testes de intolerância e alergia podem ser feitos em caso de suspeita, os exames de sangue e imagem podem ser requisitados e, após um ano, começam os de rotina que geralmente são: hemograma, rotina do ferro, glicemia, se os pais tiverem dislipidemia pode ser solicitado colesterol e triglicerídeos, entre outros que possam ser necessários.

Ainda de acordo com a pediatra, o check up“ rotineiro é importante para uma avaliação contínua da saúde e desenvolvimento, além de ser possível avaliar a alimentação, esclarecer dúvidas, prevenir problemas, diagnosticar doenças precocemente e orientar sobre os cuidados com a criança, a vacinação, inclusive na pandemia, seguindo todas as recomendações e protocolos de segurança, claro.

“Infelizmente muitas pessoas preferem apenas ir ao pediatra quando já estão com algum problema, é uma cultura do pronto-socorro em que preferem remediar ao invés de prevenir“, lamenta Dra. Kaka. 

Mãe que Ama acredita que essa postura pode e deve mudar a partir da informação, por isso, esse alerta aqui é tão importante. Então, fica o recadinho para mamães e papais: mantenham sempre as consultas, exames de rotina dos pequenos (e os seus também) e a vacinação em dia! E compartilhem com familiares e amigos sobre a importância do “check up”, combinado?! 😉

 

Encontrando um bom pediatra…

 

Pedir indicações de familiares e amigos pode ser fundamental na hora de escolher um pediatra. Além disso, é possível verificar se o profissional possui especialização reconhecida pela SBP, checar se há reclamações nas redes sociais e, durante a primeira consulta, deixar claro o que é importante para você e sua família. “A família precisa se identificar com o profissional para que haja uma boa relação médico-paciente“, complementa Dra. Kallydya.

 

Entenda sobre a doação de sangue do cordão umbilical 1024 403 Andre

Entenda sobre a doação de sangue do cordão umbilical

Após o nascimento do bebê, a placenta e o sangue do cordão umbilical são, rotineiramente, descartados. Porém, o sangue que resta neste material é extremamente rico em células jovens, imaturas e com capacidade de dar origem a todas as células do sangue. Essas células são capazes de produzir os elementos do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) essenciais para o transplante de medula óssea.

Existem muitas doenças graves cujo tratamento necessita do transplante deste tipo de célula e, durante vários anos, a única fonte era a medula óssea. Mas, para que o transplante de medula possa ter sucesso, é necessário que ela seja o mais compatível possível com o paciente e, achar um doador assim é muito difícil, mesmo na própria família.

O sangue de cordão tornou-se, nos últimos anos, importante fonte de obtenção destas células. É um material facilmente obtido e manipulável, que não necessita ser totalmente compatível com o receptor, como no caso da medula óssea, sendo baixa a possibilidade de rejeição.

Como qualquer outra doação, a opção de doar o sangue do cordão também deve ser voluntária. Existem as opções de doação para banco público, onde o material pode ser utilizado por qualquer paciente que necessite de um transplante ou pode ser feita a doação familiar direcionada, onde o sangue pode ser utilizado em benefício de alguém da família que precise do transplante. Nesse caso, é a mãe do bebê que autoriza.

Como ser doadora?

A doação é muito simples. Se a mãe quiser doar, deve manifestar sua vontade durante a internação para o parto, quando será realizada uma entrevista para avaliar os antecedentes clínicos, cirúrgicos, obstétricos, ginecológicos e de doença hereditária na família da mãe e do pai do bebê, a fim de verificar a aptidão para ser doadora.

 

Como é feita a doação do sangue do cordão para um Banco Público?

A doação é realizada em maternidades credenciadas do programa da Rede BrasilCord, que reúne os bancos públicos de sangue de cordão. Existem alguns controles, no momento da coleta do sangue do cordão, necessários para um bom aproveitamento das unidades. Portanto, não se trata de uma doação universal como ocorre com sangue e que pode ser feita em qualquer hospital ou por qualquer pessoa, sendo limitada aos hospitais que fazem parte do programa.

 

Como é feita a coleta?

A coleta do sangue do cordão ocorre após o nascimento do bebê, durante o período em que ele está recebendo os primeiros cuidados pelo pediatra, e o médico está aguardando a saída da placenta do organismo materno. A coleta, portanto, não interfere no trabalho de parto e nem na saúde do bebê ou da mãe.

Antes de ser congelado (criopreservado), o sangue doado é testado para doenças infecciosas, sua vitalidade e capacidade de proliferação são avaliadas e é feita a determinação da tipagem HLA (compatibilidade necessária nos transplantes de medula). Também será coletado sangue da doadora para investigar doenças infectocontagiosas (Chagas, sífilis, HIV, hepatites, etc.). Estando todos os resultados normais, o material já pode ser liberado para transplante.

08 de outubro, Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical

A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 13.309/2.016, com o objetivo de estimular esse tipo de doação, pois o material que seria jogado fora tornou-se, em alguns casos, a única chance de transplante para vários doentes.

 

No site do Instituto Nacional de Câncer, você pode conferir uma série de perguntas e respostas sobre as células-tronco, o sangue de cordão umbilical e placentário, a Rede BrasilCord, dos bancos públicos para doação, e muito mais. Acesse aqui e saiba mais.

 

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde/Ministério da Saúde e Redome/INCA.

Câncer infantojuvenil: o que é preciso saber 1024 403 Andre

Câncer infantojuvenil: o que é preciso saber

O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais”. (Fonte: Instituto Nacional do Câncer -INCA)

De acordo com o INCA, essa é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil. A estimativa em 2020 era de 8.460 novos casos. Os sinais muitas vezes podem ser confundidos com sintomas de doenças comuns na infância, por isso a visita ao médico é indispensável para o diagnóstico precoce. 

Segundo o INCA, hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

Para reforçar a importância do diagnóstico precoce, todo ano o mês de setembro recebe a cor dourada a fim de conscientizar a população sobre a atenção necessária à doença.

Mãe Que Ama Entrevista

 

Entrevistamos a Dra. Myrna Campagnoli, endocrinologista pediatra do Delboni Auriemo. Ela explica sobre o câncer infantojuvenil e destaca a observação da família sobre sinais físicos e comportamentais da criança e o acompanhamento regular do pediatra como sendo as informações mais importantes que todos devem saber sobre o assunto. Confira!

MQA: Qual faixa etária é acometida pelo câncer infanto-juvenil e quais as particularidades que as diferem da doença nos adultos?

Dra. Myrna Campagnoli: O câncer na infância e adolescência pode acometer todas as faixas etárias em ambos os sexos. Existem tumores mais frequentes na primeira infância como o Tumor de wilms (renal) e outros mais frequentes na adolescência, como o osteossarcoma (tumor ósseo), entretanto, todos esses tumores podem surgir durante todo o período da infância e adolescência. Na maior parte dos tumores não há diferenças entre sintomas e sinais apresentados nas crianças e adolescentes em relação aos adultos. E infelizmente, em relação a gravidade ou agressividade da doença também não. O crescimento e desenvolvimento puberal, por serem exclusivos desta faixa etária podem estar acometidos em alguns tumores do sistema nervoso central e órgãos genitais, o que não acontecerá no adulto. Aliás, este é um motivo frequente de procura por consultas pediátricas (alterações de crescimento e puberdade, e algumas vezes somos surpreendidos com o diagnóstico de tumores como causa dessas alterações).

 

MQA: Quais são os tipos mais comuns?

Dra. Myrna Campagnoli: Sem dúvidas, a Leucemia é o câncer mais frequente na infância e adolescência.

 

MQA: O que todos precisam saber sobre o assunto?

Dra. Myrna Campagnoli: É muito importante a observação da família sobre sinais físicos e comportamentais da criança e o acompanhamento regular do pediatra a fim de realizar a avaliação clínica e laboratorial de rotina. Com o acompanhamento, o pediatra pode identificar precocemente alterações no padrão de crescimento e desenvolvimento da criança e assim, iniciar uma busca ativa de forma mais precoce.

 

MQA: Quais os principais sinais de alerta que os pais e familiares devem saber e observar? Quando desconfiar de fato e buscar um possível diagnóstico?

Dra. Myrna Campagnoli: Os sinais da doença geralmente podem ser confundidos com sintomas de doenças comuns na infância, por isso a visita ao médico é indispensável. Na leucemia, a criança apresenta imunidade baixa e está sujeita a infecções, com uma aparência pálida, sangramentos e dores ósseas. No retinoblastoma, os sinais são o embranquecimento da pupila quando exposta à luz, sensibilidade exagerada à iluminação e, ainda, estrabismo. Acomete geralmente crianças com menos de três anos. Já o tumor de Wilms e o neuroblastoma podem aumentar o volume do abdome. O osteossarcoma, por sua vez, se manifesta frequentemente em adolescentes, com a formação de massa e dor nos ossos. Por fim, o tumor do sistema nervoso central tem como sintomas vômitos, dor de cabeça, alterações motora e comportamental e paralisia dos nervos.

 

MQA: Qual o caminho para o diagnóstico precoce e correto?

Dra. Myrna Campagnoli: O acompanhamento regular com o pediatra e a observação no dia a dia dos pais, cuidadores e da escola. Assim, toda e qualquer alteração será percebida, sendo possível o diagnóstico precoce. Mudanças pequenas como alterações de equilíbrio, piora da acuidade visual e auditiva, dores de cabeça frequentes, mudanças no hábito intestinal, presença de hematomas (roxos), caroços no pescoço, desaceleração do crescimento, dentre outras devem ser conversadas com o pediatra.

 

MQA: Quais os tratamentos disponíveis e as expectativas de cura?

Dra. Myrna Campagnoli: O diagnóstico e tratamento do câncer, em qualquer faixa etária inclusive na infância, depende da localização do tumor, do tipo de tumor e do estadiamento do mesmo (estadiamento é o estágio de desenvolvimento da doença). O monitoramento e tratamento da doença são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente. Cada criança ou adolescente deve receber o tratamento – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia – em centros especializados. Porém, cada tumor tem um tratamento específico, de acordo com o indivíduo e o estágio de desenvolvimento da doença. A expectativa de cura também depende destes fatores, associados a fatores individuais de resposta ao tratamento.

 

Para saber mais, acesse o site do Instituto Nacional do Câncer -INCA e converse sempre com um médico especialista. Fique sempre atento aos sinais! A informação correta e o diagnóstico precoce podem salvar muitas vidas! 😉

Distrofia Muscular de Duchenne: doença rara atinge principalmente meninos. Entenda 1024 403 Andre

Distrofia Muscular de Duchenne: doença rara atinge principalmente meninos. Entenda

A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma das mais comuns formas de Distrofia Muscular e também a mais severa. É uma doença genética rara, com incidência de 1 para cada 3.500 nascimentos. Ela acontece por um defeito no gene localizado no braço curto no cromossomo X.

 

Como assim?

Vamos explicar. A mulher tem dois cromossomos X; se um dos cromossomos estiver afetado pelo defeito, o outro compensará a alteração, e então a doença não se manifestará, fazendo da mulher em questão uma portadora assintomática da Distrofia. Contudo, a mulher poderá perpetuar a doença através de suas filhas.

O homem também tem dois cromossomos, porém um é o cromossomo Y herdado do pai, e outro é o cromossomo X herdado da mãe. Se receber o cromossomo X materno defeituoso, ele não terá outro cromossomo X normal para contrabalançar e garantir o bom funcionamento do músculo, então é ai que a doença se manifesta. Por isso, a Distrofia Muscular atinge principalmente meninos em (99% dos casos).

É importante ressaltar que em 2/3 dos casos a mutação é adquirida da mãe e em 1/3 ocorre um erro genético, uma mutação nova quando a criança foi gerada.

 

Sinais Clínicos

Os sintomas da Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) aparecem por volta dos dois anos de idade e, na maioria dos casos, o diagnóstico é tardio, acontece, em média, acima dos 4 anos de idade. entre os 3 e 5 anos de idade. Os sinais começam geralmente nas pernas e na pelve e ocorrem em menor grau nos braços, pescoço e em outras partes do corpo. Os principais são:

Quedas frequentes;
Dificuldade para levantar de uma posição deitada ou sentada;
Dificuldade com habilidades motores, como correr e saltar;
Andar cambaleante;
Grandes músculos da panturrilha;
Dificuldades de aprendizagem;
Fadiga;
Retardo mental;
Fraqueza que piora com o tempo – A fraqueza muscular na região do tronco é responsável por escoliose progressiva de gravidade variável e os membros superiores são atingidos com a progressão da doença. Na adolescência, a fraqueza muscular progressiva pode impedir a criança de andar. E  nesta fase, o comprometimento do músculo cardíaco e da musculatura ventilatória já se manifestam.

A capacidade de andar em decorrência da distrofia muscular de Duchenne pode ser perdida por volta dos 12 anos de idade, devido à progressão rápida da doença.

 

Diagnóstico

O médico iniciará o processo de diagnóstico com um exame físico e um questionário sobre o histórico familiar e clínico da criança. Além disso, poderá solicitar a realização de alguns exames específicos, como teste enzimáticos e genéticos, eletromiografia e biópsia muscular.

O diagnóstico precoce é muito importante pois permite intervenções, tratamentos e cuidados adequados de imediato, amenizando o sofrimento do paciente e da família.

 

Tratamento

Ainda não há cura para qualquer forma de distrofia muscular. Os médicos estão investigando opções de terapia genética para descobrir se elas podem, eventualmente, proporcionar um tratamento que impeça a progressão da doença.

O uso das células-tronco também está sendo cogitado para o futuro, de forma que elas possam dar origem a novos tecidos que substituam os músculos afetados.

Hoje, o principal objetivo do tratamento é amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para isso, os médicos podem submeter o paciente a um tratamento à base de corticoides, que ajudam a diminuir os processos inflamatórios do músculo. A fisioterapia e a hidroterapia também se mostraram eficientes no controle da progressão da doença.

É importante que a criança mantenha-se ativa, pratique alguma atividade física moderada, seguindo as orientações do fisioterapeuta, do reumatologista e de um personal trainer ou professor especializado. O sedentarismo pode agravar o quadro de distrofia muscular de Duchenne.

Como a doença evolui rapidamente, sem o tratamento adequado, o paciente pode não resistir à doença. A principal causa de morte entre os pacientes desta condição é por doenças pulmonares e ocorre por volta dos 25 anos.

 

Onde procurar ajuda?

Sempre que tiver algum dúvida, converse com o médico e algum especialista da área de saúde.

Além de toda a equipe médica, diversos grupos sem fins lucrativos se unem para promover a qualidade de vida dos pacientes, formando também uma forte rede de apoio aos familiares. No caso da DMD, a Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABDIM VIVER BEM SEM LIMITE) e a ACADIM – Associação Carioca de Distrofia Muscular são algumas referências no país.

O Instituto Vidas Raras também dispõe de orientação gratuita em todo o Brasil para pacientes de Doenças Raras, por meio da Linha Rara. É uma plataforma de apoio e informação em parceria com o Instituto da Criança (ICr) que é parte do Sistema da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Hospital das Clínicas (FMUSP-HC). Basta ligar para: 0800 006 7868 ou enviar e-mail para linharara@vidasraras.org.br.

 

IMPORTANTE: Todo conteúdo publicado aqui é de cunho estritamente informativo e não substitui a consulta médica, a realização de exames e o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale sempre com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas. 😉

Entendendo a Fibrose Cística 1024 403 Andre

Entendendo a Fibrose Cística

Também conhecida como “Doença do Beijo Salgado”, a Fibrose Cística (FC) é uma doença genética causada pela disfunção de uma proteína denominada “condutor transmembranar de fibrose cística (CFTR)”. Ela acomete homens e mulheres na mesma proporção e é recessiva, ou seja, deve-se herdar um gene do pai e um da mãe, obrigatoriamente: para uma criança adquirir essa condição, tanto o pai quanto a mãe precisam possuir o gene.

Esse gene altera o transporte de íons nas membranas das células que interferem no suor, sucos gástricos e mucos. Consequentemente, o pleno funcionamento das glândulas produtoras dessas substâncias fica comprometido. De forma geral, essa alteração genética faz com que toda a secreção do organismo do paciente seja mais espessa que o normal, o que dificulta sua eliminação e desencadeia alterações e sintomas no sistema respiratório, digestivo e reprodutor.

 

Os principais sintomas

 

Sistema Respiratório
O muco espesso bloqueia os canais dos brônquios ocasionando dificuldades para respirar, causando tosse crônica, infecções de repetição, pneumonias, e em casos mais graves bronquiectasia (alargamento ou distorção irreversível dos brônquios, sendo que o tratamento na maioria das vezes é cirúrgico). Os principais sintomas são a tosse crônica, a falta de ar, o pulmão com aspecto “carregado” e pneumonias de repetição.

Sistema Digestivo
O muco espesso evita que as enzimas digestivas, necessárias à digestão, cheguem ao intestino, levando assim a desnutrição do paciente. Os principais sintomas podem ser a diarreia, constipação e dificuldade para ganhar peso e estatura.

Sistema Reprodutor
As alterações são diferentes entre os sexos: as mulheres têm a fertilidade diminuída, mas têm chances de engravidar. Já os homens produzem espermatozoides, contudo a maioria é infértil em função da obstrução do canal deferente (que transporta os espermatozoides até o testículo).

 

Como é feito o diagnóstico?

 

A triagem começa pelo Teste do Pezinho básico e gratuito, obrigatório pelo SUS, realizado logo que o bebê nasce, entre o 3º e o 7º dia de vida. Quando o exame indica Fibrose Cística, o Teste do Suor deve ser realizado para confirmar ou descartar o diagnóstico. É importante ressaltar que o teste do suor pode ser feito em qualquer fase da vida, em crianças, adolescentes, jovens e adultos que apresentem sintomas. Além disso, exames genéticos também podem confirmar a doença.

Quanto mais precoce o diagnóstico, melhores são as condições de vida do paciente. Por isso é tão importante pegar o resultado do Teste do Pezinho e levar para avaliação do pediatra, ter acesso à informação e ficar sempre atento aos sinais!

 

Tratamento

 

Em geral, o tratamento pode ser composto por:

Suporte Nutricional, ingestão de Enzimas Digestivas para as alimentações, suplementação vitamínica; Antibióticos, corticoides, broncodilatadores, anti-inflamatórios, Fisioterapia Respiratória e inalações, Atividade Física e Acompanhamento Multidisciplinar frequente.

Todo o tratamento deverá ter acompanhamento médico e especializado! O primeiro passo para o sucesso do tratamento da Fibrose Cística é entender a doença e seguir corretamente as recomendações médicas e de outros profissionais da saúde envolvidos. É importante lembrar que cada caso é único. Naturalmente, muitos tratamentos são semelhantes e a maioria das pessoas com Fibrose Cística apresenta acometimentos pulmonares e digestivos, mas, cada caso será conduzido de uma forma.

 

Setembro Roxo

 

Pensando na importância da informação adequada, o Unidos Pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, criou o “Setembro Roxo – Mês Nacional de Conscientização da Fibrose Cística”.

O objetivo do Setembro Roxo é promover ações de apoio e conscientização, levando informações sobre a doença para todo o país durante todo o mês. Com isso, o Unidos Pela Vida busca contribuir com o diagnóstico precoce, com a busca pelo tratamento adequado e com a melhora na qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com FC. Acesse aqui e saiba mais sobre a Fibrose Cística e também sobre a campanha deste ano.

 

IMPORTANTE: Todo conteúdo publicado aqui é de cunho estritamente informativo e não substitui a consulta médica, a realização de exames e o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale sempre com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas. 😉

 

*Com informações do Unidos pela Vidas – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística.